Armindo Araújo muito forte no arranque do Rali da Água
A dupla Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2) começou da melhor forma o Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verin, penúltima prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ao assumir a liderança, depois de disputadas as duas primeiras classificativas, com um pecúlio de 4.6 segundos face aos britânicos Kris Meeke/Brian Hoy (Hyundai i20 N Rally2), a segunda das quais sob um verdadeiro dilúvio.
"Começámos com calma e muita paciência, de modo a não cometer erros, conseguindo tempos interessantes. No segundo troço chovia bastante e havia enxurradas de água com pedras e terra, mas as afinações do Skoda funcionaram bem", comentava o primeiro classificado e um dos quatro candidatos ao título. Entre estes, o segundo mais rápido foi José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), a 11.7s de Araújo, e que passara por maus momentos no troço designado de Alto Tâmega: "Nunca vi nada assim em tantos anos de ralis. Não havia condições de segurança, mas toda a gente foi colhida de surpresa, com o temporal que surgiu de um momento para o outro…". Tais condições climatéricas estiveram na origem da desistência de Bernardo Sousa (Citroen C3 Rally2), que era sexto classificado e capotou, sem consequências físicas para ele e o navegador José Janela, numa recta, segundo adiantaram vários pilotos. Quem também ficou pelo caminho, mas devido a problemas mecânicos, foi Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2) logo após a segunda classificativa.
"Nunca sofri tanto na vida como neste troço, o pior que já disputei na minha carreira. Logo após o arranque o vidro ficou embaciado, chovia torrencialmente e eu não via nada à frente. Que aflição para chegar ao final…", contava, por seu turno, Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2), outro dos candidatos ao título, que perdia aí nada menos que 41 segundos para Armindo Araújo e mais de 30 para Zé Pedro Fontes. Quando ao líder do CPR, Miguel Correia (Skoda Fabia Rally2 evo), começou por errar na escolha de pneus da primeira classificativa, cedendo duas dezenas de segundos para Araújo e depois do acidente de Bernardo Sousa não deixaria de ser penalizado pelo tempo ponderado atribuído pela direção de prova aos pilotos que se seguiam, na estrada, ao madeirense. "Ainda há muito rali pela frente…", lembrava o piloto bracarense.
De qualquer modo, a luta pelo título absoluto no CPR, na qual são protagonistas Miguel Correia, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio e Armindo Araújo, está longe de se encontrar decidida, porque além das sete classificativas que restam no sábado, a incerteza das condições climatéricas ainda poderá ditar grandes surpresas.
Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4), na 2RM (duas rodas motrizes) e na Júnior, e Rafael Rego, na FPAK Júnior Team, são os outros líderes de diferentes categorias, mas também por escassas diferenças, pelo que a segunda etapa promete emoções fortes até… ao final da tarde deste sábado.